domingo, 29 de setembro de 2013

O PRAZER DE COMER SAUDÁVEL

O desenvolvimento do bom paladar faz bem a alma e se harmoniza com as funções orgânicas. Assim, a questão da saúde e da estética é uma consequência desta harmonia, e não pode ser a única causa da escolha da alimentação.

Em um momento onde a cultura televisiva tende a reduzir nossos sentidos, (principalmente a visão e a audição), as pessoas se preocupam mais com o quanto comer e não com o que comer, nem mais sabendo como preparar prazerosamente uma alimentação e degustá-la.

Seja qual for o regime de saúde preconizado, deve-se pesquisar antes de tudo o equilíbrio nutricional buscando a variedade de alimentos, mas também os sabores, os perfumes e as cores, que conferem um pequeno toque de liberdade as dietas e permitem conciliar rigor e fantasia.

A ciência dos alimentos é fascinante porque permite estabelecer relação entre aspectos teóricos e práticos da produção de alimentos e sua influência sobre características sensoriais e nutricionais.

Alimentação, nutrição e gastronomia apresentam conceitos diferentes. Alimentação é a etapa de escolha, preparo e ingestão de alimentos. A nutrição começa com a ingestão do alimento e se estende a sua utilização pelo organismo.

Gastronomia se refere a tudo que diz respeito a arte culinária, a arte do bem comer e do saber comer com prazer. Por outro lado, a arte culinária se caracteriza especialmente pela criação de sensações de natureza estética, suscitando o prazer da alimentação, apreciando as propriedades dos alimentos.

O mais importante é que se consiga colocar conjuntamente o prazer no ato de se alimentar, além de conferir hábitos saudáveis com sabor e cheiro agradáveis. Nutrição é ciência, alimentação é prazer, gastronomia é arte. Mais do que nunca, a gastronomia está para a alimentação saudável assim como o erotismo está para o amor: um suplemento da alma, uma exploração do sagrado.

Inicialmente, a cor e aparência determinam a qualidade do alimento, assim como aroma e sabor destacam-se nas preferências gastronômicas. Para que se alcance uma melhor definição dessas propriedades, é indispensável que se utilize de forma adequada as técnicas de corte, uso de temperos e cozimento.

As sensações gustativas não se baseiam exclusivamente nos efeitos de algumas substâncias químicas, mas também em elementos físicos como o calor (ressalta o sabor); dureza, aspereza e maciez (oferecem texturas diversas ao alimento) e o ruído do alimento na mastigação.

Condimentos e temperos são substâncias usadas para intensificar o sabor natural dos alimentos ou imprimir-lhes novo sabor. Na maioria das vezes, refletem hábitos regionais, apesar de grande parte se originar de regiões tropicais do Oriente, da Europa e das Américas. Acertar nos gostos alheios, desenvolver sabores, seguir tradições, são tarefas que exigem conhecimento e habilidades próprias.

Recomenda-se usar ervas frescas ou desidratadas; limão, alho e especiarias para temperar carnes, peixes, aves, saladas e sopas. Acrescentar frutas à saladas e temperar com vinagre balsâmico. Moderar o uso de produtos enlatados e com conservantes.

Ë interessante citar que muito do que se come na Bahia hoje é derivado da culinária feita para os Santos do Candomblé, onde as escravas faziam as preparações e incluíam as mesmas nos cardápios dos senhores , assim disfarçavam suas intenções e agradavam as sinhás. O açaí, símbolo de energia e amplamente usado por esportistas, chegou a ser proibido quando os portugueses chegaram ao Brasil, sendo considerado como fruta do diabo, pois da folha se fazia um chá estimulante.

Classicamente existe o conceito de que a dieta oferecida aos pacientes apresenta sabor, odor, coloração e apresentação desagradável, bem com torna-se repetitiva e monótona com o prolongamento do período de tratamento. Atualmente podemos conhecer situações de transformações nos conceitos antes emitidos, sem sentimentos de culpa ou pesadas responsabilidades, e sem exigências pode-se ficar saudável, em boa forma física e vibrante.

Para uma alimentação saudável, faz-se necessário a regularidade. Ora, se comermos todos os dias “aquela salada” que o doutor mandou, sem tempero, sem cor, sem brilho, a “dieta” acaba em menos de 01 semana.

Não existem dietas milagrosas, assim como não criaram a “pílula mágica”, portanto, para se adquirir uma melhor performance física, deve-se proceder a reeducação alimentar, para reaprender a comer. Não somente a qualidade e quantidade de alimentos, mas com uma preocupação direta em como se retirar desse alimento todos os seus elementos nutritivos.

Existem diversas formas de se preparar um prato de comida, temos de aprender as receitas mais saborosas, com um odor mais agradável e com uma apresentação que nos faça sentir realmente vontade de comer, sem abandonar os critérios do nosso processo de reeducação alimentar.

Este prazer de comer, promovendo a saúde e o bem estar é uma nova ciência e uma arte nova, a Medicina Integrativa, que se preocupa com o equilíbrio dinâmico do corpo. Em situações especiais é importante ter uma orientação adequada a respeito de comer saudável, com prazer.

A MEDICINA DO EXERCÍCIO ADVERTE:
Faça do seu alimento o seu remédio.

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