terça-feira, 10 de setembro de 2013

OBESIDADE - MAL DO SÉCULO

Atualmente é um dos problemas médicos mais comuns e, na prática, um dos mais difíceis de tratar, pois envolve o aspecto fisiológico e psicológico. Embora diversos estudos venham sendo feitos no sentido de esclarecer as causas e combater efetivamente a doença, pouco se conseguiu até o momento para tal.

Os problemas ligados a obesidade não estão limitados a parte física. As pessoas obesas normalmente sofrem certa discriminação e prejuízos em seu trabalho, e em situações sociais, entretanto, a sua saúde mental não difere das pessoas mais magras.

Normalmente a obesidade incide em famílias: 80% das crianças de pais obesos são obesas, caracterizando-se pelo aumento do número de células adiposas e também do seu volume. É um tipo grave e mais resistente ao tratamento, em razão do aumento do número de células gordurosas, com seus receptores insulínicos, levando ao estoque adiposo.

A obesidade no adulto se carateriza pelo aumento no volume dos adipócitos, não pelo seu número, sendo portanto mais fácil de tratar que a similar infanto - juvenil. Pessoas que sejam obesas a muito tempo têm cinco vezes mais células de gordura do que as pessoas com peso normal, e só conseguem voltar ao seu peso normal pela redução drástica de gordura nessas células.

Há evidências de que uma pessoa pode se tornar obesa com pouca idade por causa de um gasto de energia anormalmente baixo, mas os estudos demonstram que este não é o único fator, existem componentes metabólicos, enzimáticos, hormonais e moleculares.

A obesidade, como doença classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), está relacionada com:

  1. maiores riscos de doenças coronarianas, alta taxa de colesterol sanguíneo e hipertensão;
  2. alguns tipos de câncer, incluindo o de mama, cólon e endométrio;
  3. diabetes tipo II;
  4. osteoartrite, especialmente de joelhos e tornozelos;
  5. lombociatalgia (dor nas costas)
  6. distúrbios menstruais;
  7. alterações de pele, particularmente nas pregas cutâneas por umidade (suor), atrito de dobras, com predisposição às infecções por fungos;
  8. ansiedade, irritabilidade, depressão;
  9. redução da libido e apetite sexual;
  10. maior tendência a acidentes.
A maneira mais segura e eficaz para reduzir a massa gorda, não confundir apenas com perda de peso corporal total, é a adoção de uma estratégia básica, formada pelo triângulo: reeducação alimentar balanceada com baixa ingestão calórica, aumento dos níveis de atividade física e o uso de técnicas de modificação de comportamento para alterar o modo de se alimentar.

Embora esse planejamento seja aconselhável, a maioria das pessoas costuma alegar falta de tempo para adotar essas modificações. A verdade é que comer é uma grande fonte de prazer, contudo pode-se buscar esse bem estar, adicionando atividade física e exercícios à rotina do dia.

A moderna tecnologia a cada momento torna certas tarefas ( como lavar as roupas e subir escadas ) mais fáceis. Com todas as máquinas que poupam a nossa trabalho, precisamos fazer um esforço consciencioso para gastar a energia adquirida através dos alimentos.

Algo simples para refletir e aplicar no cotidiano: quanto mais energia nós gastamos, mais peso podemos perder. Alguns hábitos simples podem ajudar: usar as escadas em vez de esteira rolante, andar em vez de pegar o ônibus, praticar algum esporte que proporcione divertimento, assim há gasto energético sem a obrigatoriedade do exercício.

Aos sedentários e portadores de alguma moléstia é imperativo consultar um especialista, para avaliação e prescrição de atividade física criteriosa e individualizada.

Existem alguns truques para uma dieta de baixa caloria funcionar e algumas técnicas podem ser empregadas nas modificações de comportamento. Essas técnicas visam alterar estilos de alimentação e, assim, facilitar a perda de massa gorda.

Manter um cardápio bem elaborado, identificar e controlar os estímulos associados a fome (festas, aniversários), usar um prato menor que o usual, mastigar demoradamente os alimentos antes de engolir, evitar repetir o prato nas refeições, não “ beliscar “ durante os intervalos e se sentir muita fome, ter sempre uma fruta , legume ou barra nutritiva para saciar o ímpeto de atacar a geladeira.

Evite a qualquer custo as dietas milagrosas, que prometem resultados rápidos, mas não se preocupam com a saúde e equilíbrio do organismo.

Não há resultado rápido para o problema de excesso de peso, é importante ter paciência e decidir modificações a longo prazo nos hábitos alimentares.

Outros tratamentos, como o uso de diuréticos, anorexígenos, hormônios tireoidianos e cirurgia para redução de estômago, apenas são utilizados em casos específicos e com o aval do especialista.

É importante ressaltar a motivação do paciente como caráter indispensável ao sucesso do tratamento, o que diversas vezes não ocorre, havendo frustração terapêutica.

É um erro achar que a perda de peso é a principal meta de um programa ou protocolo de atividade física. Buscamos melhorar o condicionamento cárdio - pulmonar, aumentar a expectativa de vida do paciente e proporcionar melhor qualidade de vida.

A MEDICINA DO EXERCÍCIO ALERTA:
Obesidade mata.


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