quinta-feira, 3 de outubro de 2013

MODIFICAÇÕES NO PERFIL PRESSÓRICO DE PACIENTES DO HIPERDIA APÓS PROGRAMA EDUCATIVO DE ATIVIDADE FÍSICA E DIETÉTICA EM UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA

NORONHA, B.T.L.1; LIMA, K.C.P. 1; MUNIZ, A.L.P.2; RAMOS, C.F.3

A atividade física e alimentação adequada são reconhecidamentes fatores que contribuem para combater a hipertensão arterial, e entender sua eficácia nos ajuda a compreender a própria dinâmica do sistema de saúde. 

Conhecer o comportamento pressórico do paciente não apenas em um momento do seu dia, e ainda sujeito a interferências como no caso da hipertensão do jaleco branco, faz-se necessário para otimização diagnóstica, terapêutica e prognóstica. 

Porém, a atenção primária ainda carece de melhores condições de exame e diagnóstico, onde nesse contexto cita-se a técnica da Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA). Este estudo buscou observar se a orientação profissional a respeito da alimentação e atividade física, preconizada na Estratégia Saúde da Família (ESF), resultou diferenças nos resultados encontrados nos valores da pressão arterial  dos pacientes estudados.  

A pesquisa foi transversal e descritiva, realizada em Unidades de Saúde da Família (USF) de três municípios do Pará: Anajás, Barcarena e Juruti, sendo uma USF por município, e com 60 pacientes em cada, na faixa etária de 60 a 85 anos, matriculados no programa Hiperdia, entre setembro e novembro de 2009. 

Foi montado um plano de pesquisa que visou realizar um seguimento dos pacientes hipertensos com realização de um MAPA adaptado à realidade local, praticando durante três meses treinamentos físicos, três vezes na semana, durante 40 minutos, além  de orientações sobre alimentação balanceada, nos dias úteis devido ao funcionamento da USF, que envolveu médico, enfermeira do PSF; e educador físico, assistente social e pedagogos cedidos por outras secretarias municipais dos municípios envolvidos. 

Foi encontrado que 68 (37,78%) dos pacientes apresentou níves pressóricos que permitiram a retirada do esquema medicamentoso e em 48,33% (87 pacientes) foi possível a redução da terapia anti-hipertensiva com drogas. 

Apenas 25 casos (13,89%) não apresentaram mudanças ou precisaram reforçar a terapia anti-hipertensiva. 

Os bons índices encontrados nos sugerem como a execução de um dos princípios da ESF, a aproximação do profissional da saúde com a comunidade por meio da educação em saúde, pode modificar a condição de saúde de um grupo social, e estimula o aprimoramento dos recursos educativos neste nível de atenção.

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