segunda-feira, 16 de setembro de 2013

TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL - UMA NOVA FORMA DE VIVER O PROBLEMA E MODIFICAR HÁBITOS DE VIDA

Pode não parecer, mas o turbilhão de mudanças que aconteceu na vida da mulher nas últimas décadas – a entrada no mercado de trabalho, a maior liberdade sexual, a opção de não ter filhos ou tê-los mais tarde – tudo está relacionado com o desconforto antes de menstruar. As mudanças de estilo de vida determinaram alterações nos níveis hormonais, provocando doenças como a tensão pré - menstrual (TPM).

Estamos falando de uma síndrome, classificada em 1931, pelo pesquisador americano Robert Frank, relatando que algumas mulheres sentiam-se muito mal no período anterior à menstruação. Até o século passado, era comum menstruar, em média, de vinte a trinta vezes na vida. O período acontecia mais tarde, a mulher entrava na menopausa mais cedo, tinha uma média de seis filhos, amamentava-os por mais tempo e vivia menos. Atualmente a mulher menstrua cerca de trezentas vezes em sua vida.

O cérebro feminino é inundado de hormônios ao longo do mês, onde antes do ciclo predomina o estrogênio, e quinze dias após, a quantidade de progesterona é maior. O problema é que a concentração hormonal determina comportamentos que nem sempre podem ser seguidos. Na primeira fase do ciclo, a mulher é mais extrovertida, ativa, está pronta para a competição e o jogo da sedução. Já na segunda, ela é mais introspectiva, maternal, prefere ficar em casa a batalhar na rua. Entretanto os hormônios dizem uma coisa e a sua rotina é outra. Este conflito é também responsável pela TPM, que atinge cerca de 85% das mulheres em alguma etapa da vida.

O conjunto de sintomas físicos e comportamentais vão desde ansiedade e irritabilidade, até inchaço e vontade desesperadora de comer doces, fazendo com que a doença não tenha uma cura única, não havendo um comprimido mágico que funcione para todas as mulheres.

Por ser psicossomática, a síndrome responde muito bem a métodos holísticos e a tratamentos de Medicina Alternativa, como a Acupuntura, a Homeopatia e a Terapia Ortomolecular, que tratam o ser humano como um todo, levando em conta o corpo, a mente e o espírito, tentando estabilizar a produção de hormônios, amenizando os desconfortos causados.

Veja em qual dos perfis abaixo você se encaixa e confira algumas dicas para o seu caso específico:
Ansiedade (Tipo A): quer brigar com o mundo, marido, namorado e filhos são as maiores vítimas, fica mais agitada e o humor vira um poço de instabilidade. DICAS : Atividades relaxantes ( ioga, alongamento, meditação, longas caminhadas ), evite o consumo de café, chá preto, Coca – cola e guaraná que são estimulantes.

Compulsão a comida (Tipo C): sente uma fome irresistível, dá a vida por um chocolate e pior, sente-se culpada por comer tanto.

DICAS: Suplementos alimentares com magnésio, cálcio, vitamina B6 e E ajudam a corrigir o metabolismo; além da soja, que contém fitoestrógenos, favorecendo o equilíbrio do organismo.

Depressão (Tipo D): extremamente sensível, chora até em comercial de TV, carente e altamente disponível ao parceiro. DICAS : Atividades estimulantes ( step, corrida, natação, bike ) e sexo, que libera endorfina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. Carinho também ajuda muito.

Retenção Hídrica (Tipo H): os seios doem, a barriga fica maior e a calça difícil de entrar; o intestino se altera, você fica toda inchada. Fazer depilação com cera é uma verdadeira tortura. DICAS : Dieta leve com muitas frutas, verduras e água, isso mesmo, muito mais água, se possível acompanhado de drenagem linfática e massagens, que ajudam a eliminar o excesso de líquidos, que ficam retidos no organismo.


A MEDICINA DO EXERCÍCIO ADVERTE:Felicidade é a vida sem TPM.

2 comentários:

  1. Excelente, Dr.! Sem contar com o Transtorno Disfórico Pré Menstrual que é uma forma mais grave da TPM, que afeta de 3 a 8% das mulheres, tendo que ser inclusive tratado com psicofármacos. É um tema muito importante e que precisa ser divulgado para evitar frases do tipo "isso é frescura de mulher". Parabéns pela postagem!! Abraços, Danielly.

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    1. Este transtorno necessita de acompanhamento e cuidados a saúde da mulher como um todo, complexo todo.....

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