Em países em desenvolvimento, são considerados idosos indivíduos com 65 anos ou mais e, nos países desenvolvidos, aqueles com mais de 60 anos. Este fato ocorre devido a melhoria nas condições de vida e ao avanço do conhecimento científico, o que propicia diagnósticos e tratamentos precoces, bem como colabora na prevenção aos agravos da saúde.
Enquanto as doenças infecciosas e parasitárias ocupavam lugar de destaque anteriormente, agora estão sendo substituídas por doenças crônicas não transmissíveis (Aterosclerose, Hipertensão, Diabetes, Obesidade, Osteoporose). Essa mudança é denominada “transição epidemiológica”.
Vários fatores interferem no processo de envelhecimento e no aparecimento de doenças, dentre os quais podemos citar a natureza genética, o meio ambiente e a alimentação, que exerce fundamental papel na promoção, manutenção e recuperação da saúde, desde que seja nutricionalmente adequada.
Várias doenças que se apresentam mais prevalentes em idosos estão relacionadas a alimentação, seja como causa ou como forma de tratamento e controle.
A obesidade teve sua prevalência aumentada, no caso dos idosos, de 2,65% para 4,98% em homens e de 9,96% para 17,89% em mulheres, quando considerado o Índice de Massa Corporal (IMC).
Essa mudança está associada ao aumento no consumo de alimentos ricos em gordura e ao estilo de vida sedentário, ou com atividade física irregular.
Uma das formas que dispomos para conhecer este perfil de alimentação e nutrição dos idosos é a partir de pesquisas populacionais utilizando cineantropometria (peso, altura, IMC, pregas cutâneas, diâmetros ósseos, circunferências corporais). Esta avaliação é muito simples, sendo conduzida por especialista e permitindo inclusive comparações com outras populações.
Com relação aos inquéritos de consumo de alimentos, os métodos mais utilizados são a frequência de consumo e o recordatório alimentar nas últimas 24 horas.
O envelhecimento fisiológico pode ser agravado em pessoas sócio-economicamente menos produtivas, dependentes física e mentalmente, com alteração do estado nutricional e agravada pelo tratamento medicamentoso, com seus efeitos colaterais.
O paciente idoso deve ser criteriosamente avaliado antes da prescrição de um remédio, pois o mesmo pode ter sua biodisponibilidade alterada pelos nutrientes ou estes podem ter sua absorção, metabolismo e excreção alterados pela droga, culminando com o agravamento da má nutrição. A alimentação dos idosos, deve-se adequar as condições orgânicas e funcionais do indivíduo.
A necessidade de suplementação em idoso é específica para cada indivíduo, dando especial atenção devido ao fato de a massa magra estar reduzida, assim como as funções de excreção (renal e digestiva).
Nutrientes que são muito importantes após os 60 anos: cálcio, vit. D, C, E, B2, B6, B12, ácido fólico, zinco e betacaroteno.
O estudo e os conhecimentos sobre o processo de envelhecimento ganharam notável interesse nos anos recentes. Existe um crescente interesse em identificar os fatores que levam a um envelhecimento sadio. Já são utilizadas técnicas de suplementação e manejo nutricional para redução e/ou retardo das manifestações indesejáveis no processo divino do envelhecimento.
Viver por mais tempo não necessariamente significa viver bem, a relação com a qualidade devida neste processo de envelhecer é um dos desafios que a alimentação e suplementação adequadas, podem em muito contribuir.
A MEDICINA DO EXERCÍCIO ADVERTE:
Antes de usar suplementos vitamínicos procure um médico.
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