quarta-feira, 28 de agosto de 2013

NUTRIÇÃO & ENVELHECIMENTO

O Brasil vai deixando de ser um país jovem, para presenciar o envelhecimento de sua população. Esse processo privilegia as mulheres, que comprovadamente vivem mais que os homens.

Em países em desenvolvimento, são considerados idosos indivíduos com 65 anos ou mais e, nos países desenvolvidos, aqueles com mais de 60 anos. Este fato ocorre devido a melhoria nas condições de vida e ao avanço do conhecimento científico, o que propicia diagnósticos e tratamentos precoces, bem como colabora na prevenção aos agravos da saúde.

Enquanto as doenças infecciosas e parasitárias ocupavam lugar de destaque anteriormente, agora estão sendo substituídas por doenças crônicas não transmissíveis (Aterosclerose, Hipertensão, Diabetes, Obesidade, Osteoporose). Essa mudança é denominada “transição epidemiológica”.

Vários fatores interferem no processo de envelhecimento e no aparecimento de doenças, dentre os quais podemos citar a natureza genética, o meio ambiente e a alimentação, que exerce fundamental papel na promoção, manutenção e recuperação da saúde, desde que seja nutricionalmente adequada.

Várias doenças que se apresentam mais prevalentes em idosos estão relacionadas a alimentação, seja como causa ou como forma de tratamento e controle.

A obesidade teve sua prevalência aumentada, no caso dos idosos, de 2,65% para 4,98% em homens e de 9,96% para 17,89% em mulheres, quando considerado o Índice de Massa Corporal (IMC).

Essa mudança está associada ao aumento no consumo de alimentos ricos em gordura e ao estilo de vida sedentário, ou com atividade física irregular.


Uma das formas que dispomos para conhecer este perfil de alimentação e nutrição dos idosos é a partir de pesquisas populacionais utilizando cineantropometria (peso, altura, IMC, pregas cutâneas, diâmetros ósseos, circunferências corporais). Esta avaliação é muito simples, sendo conduzida por especialista e permitindo inclusive comparações com outras populações.

Com relação aos inquéritos de consumo de alimentos, os métodos mais utilizados são a frequência de consumo e o recordatório alimentar nas últimas 24 horas.

O envelhecimento fisiológico pode ser agravado em pessoas sócio-economicamente menos produtivas, dependentes física e mentalmente, com alteração do estado nutricional e agravada pelo tratamento medicamentoso, com seus efeitos colaterais.

O paciente idoso deve ser criteriosamente avaliado antes da prescrição de um remédio, pois o mesmo pode ter sua biodisponibilidade alterada pelos nutrientes ou estes podem ter sua absorção, metabolismo e excreção alterados pela droga, culminando com o agravamento da má nutrição. A alimentação dos idosos, deve-se adequar as condições orgânicas e funcionais do indivíduo.

A necessidade de suplementação em idoso é específica para cada indivíduo, dando especial atenção devido ao fato de a massa magra estar reduzida, assim como as funções de excreção (renal e digestiva).

Nutrientes que são muito importantes após os 60 anos: cálcio, vit. D, C, E, B2, B6, B12, ácido fólico, zinco e betacaroteno.

O estudo e os conhecimentos sobre o processo de envelhecimento ganharam notável interesse nos anos recentes. Existe um crescente interesse em identificar os fatores que levam a um envelhecimento sadio. Já são utilizadas técnicas de suplementação e manejo nutricional para redução e/ou retardo das manifestações indesejáveis no processo divino do envelhecimento.

Viver por mais tempo não necessariamente significa viver bem, a relação com a qualidade devida neste processo de envelhecer é um dos desafios que a alimentação e suplementação adequadas, podem em muito contribuir.


A MEDICINA DO EXERCÍCIO ADVERTE: 
Antes de usar suplementos vitamínicos procure um médico.

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