sábado, 17 de agosto de 2013

NECESSIDADES DIETÉTICAS EM ADOLESCENTES

No início da adolescência, o jovem já atingiu 80 a 85% de sua estatura, 535 de seu peso e 52% de massa magra final. Nestas condições, 55% das meninas e 35% dos meninos, atualmente, poderão atingir oitenta e cinco anos de idade.

O aumento no percentual de gordura total das meninas é de 1,5 a 2 vezes maior que o dos meninos na mesma idade. Os meninos têm aumento de massa magra e do volume sanguíneo e as meninas têm menos água corporal.

Os esteróides contraceptivos nas meninas adolescentes diminuem os níveis séricos de vitamina C, B6, B12 e ácido fólico e aumentam os níveis séricos de vitamina A, cobre e lipídios. As usuárias de dispositivo intra-uterino devem aumentar a ingestão de ferro e vitamina C para contrabalançar o aumento das perdas menstruais. Assim, cuidar da alimentação do adolescente é um investimento para a saúde e prevenção de doenças.

Recomenda-se que a avaliação das necessidades energéticas de adolescentes seja feita a partir da avaliação do apetite, crescimento, atividade e ganho peso em relação ao ganho de gordura.

Os aumentos nas necessidades de energia e de nutrientes como cálcio, nitrogênio e ferro durante a adolescência são determinados pelo aumento na massa corporal magra e não pelo aumento no peso corporal, com seu conteúdo variável de gordura.

As características dos hábitos alimentares dos adolescentes são:
  1. maior tendência a “pular” refeições; 
  2. muitos lanches, especialmente doces; 
  3. fast food; 
  4. 4) dietas milagrosas; 
  5. 5) alto consumo de frituras e refrigerantes.
Alguns padrões de alimentação são estabelecidos a partir da necessidade de auto-afirmação, insatisfação com a imagem corporal, busca de identidade pessoal, aceitação pelos amigos e a independência recém conquistada, mas ainda imatura.

Os distúrbios e a instabilidade emocional, muito comuns nesta fase da vida, comumente afetam os hábitos alimentares, pois gera um descontentamento com seus corpos, que muitas vezes não atendem aos anseios da sociedade das modelos esquálidas.

A velocidade do crescimento, assim como o nível de exercício, devem ser considerados na determinação das necessidades dos indivíduos.

Os adolescentes incorporam o dobro de cálcio, ferro, zinco e magnésio em seus organismos durante os anos do estirão de crescimento, do que em outras épocas. A tiamina, riboflavina e a niacina são recomendadas em grandes quantidades, para atingir as altas necessidades energéticas.
O excesso de peso em relação à altura em crianças e adolescentes está associado a um aumento da pressão sanguínea e diminuição dos de HDL-Colesterol. Uma vez que o desenvolvimento da arterioesclerose e da hipertensão arterial são processos lentos é necessário estar atento para a importância do controle da obesidade na infância. Estudos comprovam que o sobrepeso nesta fase é de alto valor prognóstico na vida adulta.

Para se obter sucesso os programas de educação alimentar devem incluir protocolos individualizados, atividade física específica e componente de suporte psicológico envolvendo a família. Enfim, conscientizar o adolescente que a qualidade de sua alimentação hoje significará seguramente uma vida mais saudável no futuro.

A MEDICINA DO EXERCÍCIO ACREDITA:
Adolescente em boa forma; adulto saudável.

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