quarta-feira, 7 de agosto de 2013

NUTRIÇÃO E IMUNIDADE - FAÇA DO SEU ALIMENTO O SEU REMÉDIO

A nutrição enquanto ferramenta para modular o sistema imune, produzindo um estado ideal de imunidade, tem se mostrado eficiente não apenas em estados de imunodepressão, como também para a manutenção de estados saudáveis.

Convém enfatizar uma série de critérios que devem ser avaliados, pois a relação entre nutrição e imunidade é extremamente dinâmica: tanto a overdose quanto a carência de nutrientes podem levar a consequências negativas.

Imunidade pode ser definida como o conjunto de mecanismos e respostas, utilizados pelo corpo para defendê-lo contra substâncias estranhas, microorganismos, toxinas e células não compatíveis.

As defesas passivas incluem barreiras anatômicas (membranas, mucosas, pele), secreções (mucina, saliva, ácido gástrico), atividade ciliar, fatores fisiológicos (idade, sexo, raça, ritmo circadiano), flora biológica e mesmo fatores ambientais e ocupacionais.

Já as defesas ativas incluem uma gama de respostas fisiológicas (vômito, diarréia, espirro, tosse), destruição por células especializadas, reações inflamatórias e formação de óxido nítrico e peróxido de hidrogênio.

Do ponto de vista estrutural, o sistema imune humano está dividido em sistema central composto de medula óssea e timo; e sistema periférico representado por baço, linfonodos e MALT (tecido linfóide associado a mucosas). Sendo que o principal componente do MALT é o GALT (tecido linfóide associado ao intestino), cerca de 80% das células produtoras de anticorpos são associadas a mucosa do intestino delgado.

É no intestino que vamos encontrar a maior concentração de microorganismos, aí incluídos a flora probiótica bem como toda uma flora potencialmente patogênica. Fica evidenciado que a presença de uma alta atividade imune associada ao local de maior absorção de nutrientes do organismo não deve ser apenas uma casualidade anatômica.

A ingestão de alguns açúcares estimula o crescimento de bifidobactérias, sendo que estas inibem a proliferação de bactérias putrefativas envolvidas em atividade carcinogênica.

Deficiência protéica interfere com a manutenção da resistência a infecções, não apenas na biodisponibilidade de aminoácidos, mas também em nucleotídeos, necessários para a manutenção dos mecanismos de imunidade. Alguns aminoácidos têm mostrado um envolvimento direto nas funções de imunorregulação.

Vitaminas B6 e B12, folato e vit. E são particularmente importantes nas respostas imunes. Ácidos graxos do tipo PUFAs (encontrados em óleo de peixe, azeite extra-virgem, abacate) afetam diversas funções fisiológicas, sendo sempre acompanhados por um reforço em vit.E.

Diversos estudos clínicos tem apontado para o aumento na severidade de infecções após a ingestão de altas doses de ferro. Em idosos, a deficiência de zinco interfere na absorção de cobre e acarreta uma alta susceptibilidade a infecções.

O selênio é outro mineral que faz parte de diversas enzimas, e quando deficiente provoca queda na produção de anticorpos.

O álcool atua diretamente no intestino, provocando um mal estado nutricional, pela perda acentuada de folato, tiamina, zinco, vitamina A e B6.

Apesar da complexidade do assunto, os trabalhos científicos nos sugerem fortemente a possibilidade de elaborar dietas especializadas, que possam ter efeito benéfico no mecanismo humano de defesa.

A MEDICINA DO EXERCÍCIO ACONSELHA:
Atividade Física é vida; aproveite a sua, pratique esportes.

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