segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

MUSCULAÇÃO E PERDA DE PESO


Normalmente quando se toca no assunto de perda de peso, logo se associa as atividades físicas aeróbicas como principal vetor, no entanto a musculação pode e promove perda de gordura corporal com eficiência maior, quando bem treinado e otimizado de forma adequada.

A perda de gordura corporal implica em primeira instância na redução do percentual de gordura e massa gorda, sem afetar o anabolismo muscular; pois em muitos casos, devido a inobservância de fatores metabólicos, laboratoriais, fisiológicos e clínicos o que acontece é um canibalismo de tecido magro, em outras palavras a perda da massa muscular, levando a flacidez e desnutrição proteica.

Dietas radicais ou de extrema restrição nutricional são responsáveis por grande parte da perda de peso em forma de tecido magro. Ao final do processo, por vezes, o percentual de gordura terá aumentado, pois o indivíduo perdeu mais músculos que gordura e a proporção destes terminam por se alterando de forma negativa.

Estudos têm demonstrado que durante uma maratona ocorre consumo exagerado de tecido magro, a fim de gerar energia necessária a demanda metabólica da atividade, sendo que após a prova ocorre o rompimento de várias fibras musculares e até um processo de necrose muscular.

Esta perda de musculatura acarretará em uma queda do metabolismo basal, o qual representa o número de calorias que o organismo consome para permanecer em seu estado vegetativo, ou seja, a quantidade de energia gasta em um dia para os processos de manutenção do organismo.

Partindo deste contexto a musculação se torna um grande aliado no incremento de massa muscular, com consequente aumento de metabolismo basal, aumentando ainda mais a queima calórica de gorduras corporais, que porventura estejam em excesso no organismo.

Muitos acreditam que a perda de gordura será maior através da solicitação aeróbica, porém analisemos o físico de um maratonista e de um velocista de 100 metros rasos e veremos que o sprinter possui uma maior definição muscular, apesar de executar bem menos exercícios aeróbicos que o maratonista, que manifesta uma maior flacidez tecidual generalizada.

Analisando a musculação veremos que ela inibe tanto a perda de musculatura em adultos, sendo que esta ocorre na razão de dois a três quilos a cada década; quanto a queda do metabolismo basal gira em torno de 2 a 5%.

Por conseqüência teremos o aumento da captação e metabolização de gorduras, já que as mesmas irão ser queimadas na musculatura durante o esforço propriamente dito e na fase de regeneração muscular. Quanto maior for a quantidade de musculatura, maior será a necessidade energética e a queima de gorduras, sendo que a musculação pode produzir a perda de 2 kg de gorduras após dois meses de treinamento, concomitante a um aumento de 1,5 kg de músculos.

Obviamente não podemos abrir mão de programas de exercícios aeróbios, porém, estes não devem ser a prioridades em um programa de perda de peso, utilizando-os de três a cinco vezes por semana, com duração de 30 minutos. Pois, caso haja uma grande solicitação aeróbia, o organismo entrará em catabolismo e não desfrutará dos benefícios do exercício de força localizada (musculação).

Os exercícios com peso também melhora e aumenta a massa óssea, estabiliza a musculatura paravertebral e abdominal, reduz os dados laboratoriais /metabólicos alterados, melhora a fração de ejeção do miocárdio e a elasticidade das paredes arteriais, além de reduzir os riscos de ocorrências coronarianas.

Devemos associar exercícios aeróbios, força muscular localizada e alongamentos em um programa de treinamento individualizado e objetivo; de forma a obter-se de maneira mais efetiva os benefícios, sempre minimizando os efeitos colaterais.

A MEDICINA DO EXERCÍCIO ACONSELHA: 
Exercícios de musculação apresentam aspectos biomecânicos
e intensidades de esforço diferentes de acordo com cada praticante.

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