Em dados
mais recentes observa-se que o Brasil apresenta maior número de crianças acima
do peso do que desnutridas. Impressionante o fato de que nas camadas mais
pobres da população a obesidade vem aumentando.
Das medidas
a ser tomado o incentivo ao aleitamento materno nos primeiros seis meses de
vida do bebê, levando em consideração os aspectos afetivos que este ato impõe,
levando-nos a concluir que irão repercutir em toda a vida emocional e alimentar
dessa criança.
Antes a
questão era a respeito do sexo do feto, mas com o advento de recursos de
imagem, já conhecemos o sexo, nossa primeira pergunta será: - Quanto pesou?
Parecendo ser o peso corporal total um real cartão de visitas do recém-nascido,
indicando a capacidade da mãe de gerar uma criança apta e saudável.
O leite
materno além de prover o bebê em suas necessidades dietéticas e hidratação, vai
provocar uma postura de relaxamento e uma diminuição da tensão corporal. O
sorriso reflexo que o bebê rotineiramente apresenta advém do prazer e
diminuição do tônus após uma boa mamada.
A forma
como a pessoa irá se relacionar com o meio ambiente em relação a alimentação
está intimamente relacionada com esta primeira experiência emocional, podendo
gerar obesidade devido a falta de relação emotiva, levando a compulsão e
ingestão exagerada de guloseimas.
As crianças
que mamam no peito, são sabidamente mais tranqüilas, mais seguras, vão ter um
processo de separação da mãe mais harmônico e sem sombra de dúvidas, serão mais
inteligentes, quando comparadas com aquelas que não mamaram.
Algumas
pessoas têm o conceito errôneo de que quanto mais pesada a criança, mais forte
e saudável ela será. Com excesso de leite materno ou o que é pior, com a introdução
de alimentos, ainda não totalmente ideais para essa fase da vida, o que irá
comprometer no futuro esse candidato a distúrbios alimentares.
O bebê toma
o leite no ritmo e quantidade exata as suas necessidades e sabe quando parar.
Quando a dupla mãe-filho esta em sintonia a amamentação ocorre com grande
prazer para ambos. O bebê pode mamar parar, dormir, voltar a mamar caso sinta
necessidade.
Mãe e bebê
estão ligados como uma só pessoa, um não vai existir literalmente sem o outro,
promovendo a saúde mental deste indivíduo desde o início da vida. Quando uma
mãe superalimenta seu filho ela o está afastando dos seus sentimentos mais
íntimos e profundos, respondendo com comida ao choro do bebê, o fazendo
associar os momentos de angústia e sofrimento, com comida em excesso.
Entender
cada choro ou desconforto do bebê como fome, e sacia-lo através de leite, é
impedir que esta criança desenvolvesse seus próprios mecanismos para suportar
frustrações. A criança pode segurar o peito não apenas por fome, mas também por
estar insegura, por frio, ou simplesmente para ficar pertinho da mãe. Existem
choros de dor, desconforto, tristeza, medo, raiva, necessidade de afeto,
proteção e fome, portanto a relação de pais e filhos deve ser bastante íntima,
a ponto de reconhecer seu bebê.
Uma das
grandes dificuldades da criança obesa é falhar na identificação que faz de si
própria, devido à insegurança gerada pela falta de momentos onde houve
necessidade em enfrentar angústias e medos, comuns na infância.
Futuramente
esta criança relacionará todos esses sentimentos, sejam eles bons ou ruins, ao
ato de comer, e comumente, de forma compulsiva. Fato também relacionado,
aquelas mães que acariciam seus bebês com leite, amamentam e quando tem os
momentos de higiene e carinhos, delegam essas funções para babás e avós.
Estes
problemas de ordem emocional tornam-se adolescentes que tem medo de se
relacionar com sexo oposto. Encontra na obesidade, o refúgio para escapar de
mais uma rejeição traumática. Esses indivíduos nunca vão emagrecer, nem com
dieta, nem com exercícios físicos, nem com qualquer remédio, pois apresentam
“pensamento gordo”, e só será resolvido, após os sentimentos serem corretamente
abordados e superados.
A MEDICINA do EXERCÍCIO ACONSELHA: Amamentação é o
ato de pôr em prática uma relação de amor entre dois seres.
Dr. Bruno Noronha (Medicina
do Esporte e Fisiologia do Exercício)