sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

MEDICAMENTOS PARA EMAGRECER


Muito se tem discutido a respeito das drogas utilizadas no tratamento da obesidade. Alguns especialistas são contra o uso de certas drogas, bem como, alertam para o abuso que muitos indivíduos, ou mesmo profissionais não especialistas, continuam prescrevendo sem responsabilidade.

É comum que uma pessoa que deseja emagrecer, procure a farmácia em busca de uma solução rápida, como se tomar determinado “remédio” fosse o necessário para alcançar o seu peso ideal, achando que, se deu certo com um “colega” terá bons resultados também consigo.

Porém por trás dessa ilusória e rápida perda de peso, se escondem efeitos colaterais e insucesso. Hoje, entre os especialistas, e várias pesquisas mostram isso, que somente o uso de drogas para emagrecer não é suficiente para uma perda de peso permanente, saudável e eficiente.

A obesidade é multifatorial, e num plano de perda de peso devem estar envolvidos: mudança de hábitos alimentares, atividades físicas regulares e modificações no comportamento.

Por outro lado, já está bem estabelecido que em indivíduos muito obesos, com complicações de saúde, há uma forte indicação para o uso de drogas para perda de peso.

Somente médicos, podem prescrever alguma droga para um paciente obeso, fundamentando a sua escolha em rígidos critérios clínicos para a definição correta de qual medicamento usar, bem como qual paciente deve ou não se beneficiar desse tipo de tratamento, baseando sua decisão em evidências científicas comprovadamente seguras.

O Royal College of Physicians da Inglaterra recomenda que medicamentos para emagrecer sejam utilizados somente por adultos com Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 30, após criteriosa avaliação médica e que tenha falhado na perda de 10% de seu peso através das medidas básicas de reeducação alimentar.

Ou seja, o primeiro passo para o efetivo emagrecimento é o trio que compreende uma combinação de dieta exercício e mudança de comportamento.

O Consenso Latino-americano em Obesidade preconiza que o tratamento medicamentoso pode ser aplicado quando: presença de risco para o paciente (Dislipidemias, Diabetes, Hipertensão Arterial, Transtornos articulares e da coluna) e quando o tratamento convencional (reeducação alimentar + dieta) não obteve êxito.

Mantém ainda como premissas: a medicação não deve ser o único meio de tratamento, deve estar focada para o tratamento geral do paciente e não exclusivamente para a redução do peso, e sempre deve ser prescrita e acompanhada por um médico especialista.

Os fármacos para o combate a obesidade se dividem basicamente em 03 grupos principais, de acordo com seu mecanismo de ação, atuando:

  • Sobre o sistema nervoso central modificando o apetite ou a conduta alimentar;
  • Sobre o metabolismo, incrementando a termogênese;
  • Sobre o sistema gastrointestinal, diminuindo a absorção de gorduras.
Diversos efeitos colaterais podem surgir no decorrer do tratamento, tais como: insônia ou sonolência, boca seca e amarga, suor excessivo, palpitações, gastrite, constipação intestinal ou diarréia, hipertensão arterial, diminuição do desejo sexual, ansiedade, dor de cabeça, interferência na absorção de determinadas vitaminas e oligoelementos.

Além dessas drogas, outras substâncias são usadas, como ansiolíticos, diuréticos, fibras, fitoterápicos, fórmulas manipuladas, fórmulas naturais, hormônio do crescimento e hormônios tireoidianos. Outras duas substâncias vêm sendo estudadas, e pesquisas têm sido feitas em humanos para testar e comprovar sua real efetividade são elas a Leptina e a Colecistocinina.

A MEDICINA DO EXERCÍCIO ADVERTE: Obesidade é doença, mas tem cura.
Dr. Bruno Noronha (Medicina do Esporte e Fisiologia do Exercício)
           


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