quinta-feira, 28 de novembro de 2013

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA GESTANTES


A gestação compreende um período de grande vulnerabilidade para a mãe, em razão das várias transformações em seu corpo, e para o feto, em razão do seu crescimento e desenvolvimento. Tais modificações implicam em aumento nos requerimentos de macro e micronutrientes.

As quantidades de energia, proteínas e demais nutrientes são mais elevadas a fim de atender as necessidades para o desenvolvimento do feto e da formação de estruturas maternas durante a gestação (placenta, útero, glândulas mamárias e sangue), assim como a constituição de depósitos energéticos da mãe utilizados durante o parto e lactação.

As necessidades energéticas variam de acordo com o peso pré-gestacional, quantidade e composição do ganho de peso, estágio da gravidez, nível de atividade física e aumento do metabolismo basal.

Para avaliação do peso corpóreo, têm sido recomendados diferentes métodos, dentre os quais se destaca a utilização do índice de massa corpórea (IMC) pré-gestacional. O IMC é calculado utilizando-se o peso em quilogramas, dividido pela estatura em metros ao quadrado.

Nas recomendações atuais, do ponto de vista calórico, temos de adicionar 300 calorias à dieta normal, com início no segundo trimestre de gestação.

Mulheres que iniciam a gravidez com baixo peso ou adolescentes, devem aumentar as mesmas 300 calorias desde o início do processo. Por outro lado quem a inicia com sobrepeso ou obesidade, nenhum aumento é recomendado, sendo importante acompanhar a evolução da gestante, o que permitirá nortear as orientações dietéticas.

Em relação as proteínas, a ingestão deve ser aumentada em razão de sua contribuição específica para o crescimento e porque uma dieta pobre neste nutriente, quase sempre, provoca carência de outras substâncias.

No feto, através de processos que envolvem enzimas e ATP, formam-se as cadeias peptídicas que originam as proteínas, as quais são utilizadas na formação das membranas, líquido amniótico e placenta, e no crescimento dos tecidos maternos, com ingestão diária de 60 a 70g.

Os glicídios, representados principalmente pela glicose, constituem a principal fonte de energia que o feto dispõe, devido esta substância atravessar com facilidade a barreira placentária, ficando armazenada no coração, fígado e músculos esqueléticos, sob a forma de glicogênio, sendo mobilizada de acordo com as necessidades, devendo apresentar um consumo diário de 300g.

Os lipídios são fonte energética acessória e têm pouca influência sobre o crescimento fetal, devendo ser ingeridos em torno de 50 a 120 g/dia.

As vitaminas, cruzando a barreira placentária por mecanismos não esclarecidos, principalmente no terceiro trimestre de gestação, participam de sistemas enzimáticos fetais.

Alguns estudos demonstram distúrbios maternos e prejuízo na evolução do processo gestacional (anemia, abortamento, hemorragia retroplacentária, descolamento prematuro de placenta, rotura prematura de membranas), além de alterações fetais (complicações ao nascimento, déficit mental e alterações no tubo neural), conseqüentes a deficiência de algumas vitaminas.

Recomenda-se inserir na dieta da gestante, entre outras, as vitaminas B6, B12, C, D, E, K, ácido fólico e ácido nicotínico, em quantidades individuais e previamente estabelecidas.

Os minerais são necessários em pequenas quantidades e participam como co-fatores de sistemas enzimáticos. Dentre eles destaca-se o ferro, cuja demanda é aumentada devido a importantes alterações hematológicas e as necessidades fetais, acrescenta-se também sódio, cálcio, iodo, zinco, fósforo, flúor e magnésio em doses específicas e cuidadosamente elaboradas.

Os requerimentos nutricionais na gestação são mais qualitativos do que quantitativos, pois a proporção de aumento para proteínas, vitaminas e minerais é significativamente mais elevada quando comparada com a energia.

Os suplementos alimentares são efetivamente um grande recurso para garantir o aporte adequado de nutrientes, porém têm que ser aqueles indicados para a gestação, pois apresentam quantidades seguras à saúde da gestante e do feto.

Esses suplementos diferem nas quantidades de cada nutriente, portanto o especialista ao prescrevê-los deve verificar qual se adapta melhor a cada paciente individualmente.

A MEDICINA DO EXERCÍCIO LEMBRA: 
Gestação não é doença, movimente seu corpo.

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