sábado, 23 de novembro de 2013

FITOQUÍMICOS - SUBSTÂNCIAS PROTETORAS NOS ALIMENTOS


A cada dia a dietoterapia se instala como uma importante ferramenta no combate as doenças cardiovasculares, metabólicas e diversos distúrbios orgânicos.

Os fitoquímicos nada mais são que substâncias encontradas nas plantas e biologicamente ativas, com efeitos protetores, combatendo radicais livres, minimizando os efeitos oxidativos.

Tem como maior grupo os compostos fenólicos, que incluem plantas flavonóides, como as catequinas, encontradas em chás e vinho tinto; polifenóis como o camosol em folhas de alecrim; e cúrcuma no curry e mostarda; cereais são ricos em ácidos fenólicos, fitosterinas, saponinas e fitoestrogênios.

Os fitosteróis, conhecidos como esteróis vegetais, são um extrato vegetal natural de sementes de girassol e grãos de soja, sendo importantes na manutenção da estrutura e função da membrana celular, os mais comuns são: sitosterol, campesterol e estigmasterol, com importantes evidências de terem reduzido os índices de LDL- colesterol. Para tanto precisam ser encampados na micela, ou caso contrário serão excretados nas fezes.

Durante a última década foram realizados vários estudos experimentais e epidemiológicos mostrando que grãos, vegetais e frutos, que contêm uma gama de substâncias potencialmente quimioprofiláticas. As evidências de que os fitoquímicos possam exercer poder específico na prevenção de doença são grandes.

Nos Estados Unidos o FDA (Food and Drug Adminitration) realizou revisão completa, concluindo que ésteres de fitosteróis são componentes alimentares funcionais GRAS (Generally Recognized As Safe), ou seja, aptos a serem utilizados como alimentos funcionais.

Na Amazônia, em especial no estado do Pará, a quantidade de frutas regionais, de características marcantes, com seus sabores e consistências diferenciadas e ainda contendo uma infinidade de substâncias ativas já reconhecidas pelos sistemas de saúde e outros ainda ocultos aos olhos da Ciência.
  • AÇAÍ: ferro,pigmentos de fitosteróis, vitaminas C, B1, B2 e fibras.
  • BACURI: fósforo e vitaminas A e C.
  • CUPUAÇU: antioxidantes e vitaminas A, B1, B2 e C e pectina.
  • MANGA: rica em minerais e vitaminas C, B5, A e antioxidantes. Possui também uma boa quantidade de ferro, magnésio e potássio.
  • CAQUI: rica em proteínas, cálcio, ferro e licopeno.
  • ABACAXI: rica em proteínas, cálcio, ferro e licopeno.Este suco natural possui cerca de 12% de açúcar (frutose).
  • GRAVIOLA: contém uma boa quantidade de proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas C e B, potássio e fósforo.
  • ARAÇÁ: possui vitamina A, B, C, além de altas taxas de proteína e carboidratos.
  • PUPUNHA: ricos em vitamina A, manganês e zinco, além expressivo teor de proteínas e amidos, podem ser comidos cozidos em água e sal e se prestam também à extração de óleo.

Mas sempre cuidados com os excessos, pois isso acontece com a Castanha do Pará. A recomendação para ingestão da fruta é de uma por dia, mas é comum o paraense comprar nas esquinas da capital aqueles saquinhos com uma quantidade considerável da fruta, que acaba sendo consumida em poucos minutos.

Se por um lado a castanha é rica em selênio, mineral que ajuda a prevenir o câncer, ela também contém bário (1800 mg/fruto), mineral de alta densidade, que, em quantidades elevadas, é considerado contaminante ao organismo humano.

Ao comparar os valores de ferro, manganês e zinco, obtidos na Castanha do Pará e na pupunha analisadas no Laboratório da Faculdade de Química da UFPA, com os valores apresentados na Tabela Brasileira de Composição de Alimentos da Universidade de Campinas em 2004, constatou-se que a concentração dos referidos elementos químicos nos alimentos da Amazônia é muito mais elevada do que nas frutas mais comuns e nacionalmente mais consumidas, como carambola, goiaba vermelha, jaca, acerola, tangerina, laranja e jambo.

As potencialidades das frutas e dos alimentos típicos da região precisam ser divulgadas para que haja o maior aproveitamento possível do elemento essencial que contêm e a forma adequada de ingestão, sem que ocorram contaminações por outros elementos químicos também presentes nestas frutas.

Outro fator que precisa ser investigado é em que parte do alimento a substância está concentrada. No caso da Castanha do Pará, ainda é preciso determinar se o selênio está contido na polpa ou na película que a envolve. Assim, não adiantaria comer a polpa em excesso e descartar a película.

A MEDICINA DO EXERCÍCIO INDICA:
Além das frutas regionais o leite de búfala, da Ilha do Marajó,
é rico em cálcio, magnésio, manganês e zinco.
            

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