segunda-feira, 12 de maio de 2014

CONSUMO DE FIBRAS E AMIDO RESISTENTE








A fibra alimentar é uma fração complexa composta por um conjunto de substâncias presentes nos alimentos vegetais, representados pela soma de lignina e polisacarídeos (celulose, hemicelulose, pectina, mucilagem e goma), sendo estes classificados segundo sua solubilidade em água.



            O amido resistente é definido como a fração do amido que não é digerida no intestino delgado e sua faixa de absorção varia entre 3 a 20%, quando sua faixa de digestão decresce, a glicose pós-prandial e a resposta insulinêmica são diminuídas na proporção direta.



            A natureza desta fração do amido está constituída por diferentes tipos, dos quais se classificam em função de sua estrutura físico-química e susceptibilidade a digestão intestinal.



Existem, portanto quatro tipos de amido resistente:


tipo I (amido fisicamente inacessível na matriz do alimento, fundamentalmente pelas paredes celulares e proteínas);


tipo II (encontra-se em alimentos não coccionados, como banana e batatas cruas);


tipo III (que se forma quando o amido sofre retrogradação, estando presente nas batatas frescs e cozidas, cereais matinais e pão); e


tipo IV (amido quimicamente modificado resistente às enzimas).




            Alguns fatores afetam a formação do amido resistente, como por exemplo, métodos de conservação do alimento (refrigeração, congelação, defumação), processos culinários (fritura, cocção, micoondas) e outros que ocorrem entre seus constituintes como a sua origem botânica, o estado da parede, do grânulo e a presença de outros nutrientes constituintes do alimento.

            A propriedade de sofrer fermentação no cólon, a resistência a digestão no intestino delgado e o grau de desintegração durante o processamento e a mastigação, influenciam nos seus efeitos fisiológicos no organismo humano.



            A fermentação gera produtos que aumentarão a acidez do cólon, parecendo exercer efeitos protetores, essas substâncias também provêm certa quantidade de energia, que será usada como reserva energética para proliferação de bactérias benéficas ao cólon.



            Estima-se que o consumo de 20g / dia possa oferecer mecanismos preventivos em transtornos relacionados à dislipidemias, diabetes, obesidade, alterações cardiovasculares e alguns tipos de câncer, influenciando pois, no balanço energético, por um mecanismo envolvendo o aumento da excreção de gordura.



            As fibras mantêm efeitos importantes do ponto de vista fisiológico, por sua importância em manter o trofismo intestinal e a integridade estrutural da mucosa, servindo desta forma como barreira imunológica, prevenindo a translocação bacteriana.



            Na fermentação das fibras acontece produção de ácidos graxos de cadeia curta - AGCC (acético, propiônico, butírico), estes estão particularmente envolvidos na regulação de divisão e morte celular, sustentando o ritmo normal de renovação, essencial para garantir trocas constantes do epitélio digestivo, além do aumento da viscosidade do conteúdo entérico, estimulando assim a divisão celular.
           



           
A MEDICINA do EXERCÍCIO ACONSELHA: As pessoas na maioria das situações alimentam-se bem...... e nutrem-se mal!!!!




 Dr. Bruno Noronha
 (Medicina do Esporte e Fisiologia do Exercício)




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