O
envelhecimento é um fenômeno biológico e psicológico que gera influência a
nível familiar e social. O processo de envelhecimento caracterizado pela perda
gradual das funções orgânicas, onde o idoso retém sua capacidade intelectual e
física em níveis aceitáveis, é chamado de senescência. E quando os sinais de
degeneração muito intensos aparecem, ocorre o envelhecimento patológico,
chamado senilidade.
O
ciclo da vida humana é uma dinâmica comportamental, que cada indivíduo passa
fase a fase, onde não se deve esquecer a concepção de ser humano lembrando de
sua constituição e estruturação física e psicológica.
A
qualidade de vida na terceira idade pode ser influenciada por alguns aspectos,
tais como: o aspecto físico, que é caracterizado pelo crescente declínio das
funções dos sistemas fisiológicos comprometendo a saúde; o aspecto psicológico,
caracterizado por perdas na auto-imagem e auto-estima. Essas perdas são
significativas devido ao envelhecimento, no sentido de se sentirem inúteis,
pouco estimados e respeitados; e no aspecto social, a sociedade aliena o idoso
do processo social.
A
faixa populacional que tende a sofrer com transtornos psicológicos são os
idosos. E o maior problema por eles enfrentado é a depressão psíquica.
A
depressão é caracterizada por tristeza, baixa da auto-estima, pessimismo,
desesperança e desespero. Seus sintomas são, fadiga, irritabilidade,
retraimento e pensamentos de suicídio. O comportamento depressivo é considerado
uma resposta inadaptada a alguma perda.
Os
diversos transtornos da vida como: perdas afetivas, aposentadoria, afastamento
de atividades profissionais, sociais e familiares e dificuldades econômicas
podem levar a problemas de saúde mental.
À
medida que uma pessoa experimenta a situação de isolamento, as chances de
aumentar a depressão são maiores. Existem evidências de que idosos internos
apresentam maiores índices de depressão do que os não internos, que a boa saúde
física e mental em idosos tem estreita relação 15 e de que as atividades
sociais refletem de modo positivo no bem-estar físico e emocional desses
indivíduos.
A
auto-estima está continuamente sendo ameaçada no idoso. E dentre os fatores que
podem promove-la destacam-se, principalmente, a saúde física, que favorece a
independência; a saúde psicológica, que permite reagir com mecanismos de
enfrentamento e defesa; pessoas que as permitem convivência e não isolamento; e
segurança econômica, para suprir suas necessidades básicas.
A
saúde mental do idoso está sustentada na percepção de ter sido útil e produtivo
para sua família e sociedade. A aceitação da terceira idade como parte do ciclo
da vida é um modo de aceitar a velhice. Quando essa aceitação não ocorre, a
negatividade sobre si mesmo favorece ao quadro depressivo.
A
depressão moderada em idosos, quando ocorre devido à falta de estímulo e não a
uma causa intrínseca, pode ser atenuada quando possibilitamos ao idoso algo que
ele gostaria de fazer.
A
depressão é comum em indivíduos idosos e tem relação íntima com o declínio
físico posterior. Foi encontrada a relação de que, quanto mais sintomas, maior
a deterioração física. Assim como pacientes com bom estado de rendimento físico
sem incapacidades, à gravidade dos sintomas depressivos, puderam preceder a
diminuição do desempenho físico.
Exercícios
físicos regulares tem influência no tratamento de doenças crônicas assim como
na melhoria do bem estar geral. Exercícios de intensidade moderada a intensa,
com duração prolongada, podem estar associados com a diminuição dos sintomas de
depressão não psicótica. Essa melhora foi observada paralelamente ao melhor
índice de aptidão cardiovascular.
A MEDICINA DO EXERCÍCIO ACONSELHA: Pessoas
fisicamente ativas, em qualquer idade, apresentarem uma melhor saúde mental do
que sedentários.
Dr. Bruno
Noronha (Medicina do Esporte e Fisiologia do
Exercício)