A valorização excessiva da
prática de atividades físicas nos coloca de frente com novas patologias de
ordem psíquica e com grande repercussão orgânica nos pacientes acometidos pelos
males.
Essa nova filosofia de “Beleza
Total”, com grandes interesses mercadológicos, desta forma, a prática de
exercícios tem se tornado parte da cultura contemporânea ocidental, ilustrando
bem as imposições sócio-culturais e a manutenção dos padrões pré-determinados
de saúde e, principalmente estéticos.
O Compulsive Exercise (Exercício Compulsivo), bem como os transtornos
alimentares pode ser determinado por fatores genéticos, sociais, familiares
e/ou culturais. É uma compulsão caracterizada pela prática diária de atividades
físicas padronizadas, de forma ininterrupta e obsessiva, como se a vida do
praticante dependesse disso.
Os indivíduos apresentam sintomas
de irritabilidade, ansiedade e depressão ao não praticar a atividade, e mantém
o hábito mesmo contra recomendações médicas, mediante compromissos sociais, ou
qualquer tipo de impedimento.
É também comum à fadiga física e
a perda de interesse por outros tipos de programas, bem como interferir em
relacionamentos pessoais.
Os altos níveis de atividade
física provocam uma redução da ingestão alimentar, que por sua vez gera uma
hiperatividade por alterações no metabolismo hipotalâmico de serotonina,
dopamina e norepinefrina, iniciando assim o ciclo anoréxico.
Dietas restritivas em busca de um
melhor desempenho seguem como a segunda possibilidade de desenvolvimento de
transtornos alimentares provocados pelo exagero nas atividades físicas.
Exercício físico em excesso
juntamente com Anorexia Nervosa ou Bulimia Nervosa são os transtornos
alimentares frequentemente relacionados. Acontece também uma menor incidência
de episódios compulsivos alimentares e uso de laxantes ou indução de vômitos
nos compulsivos por exercício. Tais dados indicam uma troca de compensações, autopunições
ou atitudes compulsivas usuais pela atividade física exagerada.
As doenças afetivas, depressão e
transtorno bipolar, seriam as principais pré-disposições à prática de
exercícios compulsivamente. Ocorrendo basicamente por uma distorção e
insatisfação da própria imagem corporal, ou seja, o modo de sentir o peso, o
tamanho ou a forma corporal, que se mostra exageradamente maior e inaceitável.
Em geral o sexo feminino é mais
acometido de transtornos alimentares, enquanto os homens são mais vulneráveis
em relação ao seu nível de atividade física diária.
De início a literatura médica se
referia ao distúrbio, apenas como aqueles pacientes que praticam corridas de
longas distâncias de forma compulsiva e irracional, sendo descrito o Obligatory Runner, entretanto atualmente temos variados exemplos
deste distúrbio em academias de musculação, ginásticas e outras atividades
esportivas.
É de suma importância a avaliação
de freqüência, duração e intensidade de exercícios físicos, bem como os
objetivos incutidos no programa de treinamento, de forma a prevenir lesões
importantes e o desgaste metabólico significativo imposto a esses praticantes /
pacientes.
A MEDICINA do EXERCÍCIO
ADVERTE: Até o exercício físico em excesso provoca malefícios à saúde.
Dr. Bruno Noronha (Medicina do Esporte e
Fisiologia do Exercício)
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