quarta-feira, 12 de março de 2014

INSULINA E ANABOLISMO MUSCULAR






            Entre os mecanismos para incremento do desempenho física e esportiva, os processos de maximização de massa e força muscular e das reservas energéticas figuram entre os principais ativos no treinamento.


            Estas variações fisiológicas são aperfeiçoadas na medida em que a estimulação adequada via treinamento físico e alcançada e através do mecanismo de anabolismo inerente a cada indivíduo (genética), nos quais a velocidade de aumento dos tecidos e reservas de nutrientes superam a degradação provocada pelo stress metabólico provocado pelo regime de treinos.


            A entrada de nutrientes na célula é de vital importância ao processo de anabolismo celular (hipertrofia e ganhos funcionais). A insulina é o hormônio, sintetizado no pâncreas liberado sempre que a quantidade de açúcar circulante no sangue aumenta (hiperglicemia), sendo que o hormônio leva a uma baixa de açúcar no sangue (hipoglicemia) devido a maior entrada de glicose nas células.



Como a insulina é a responsável por essa mediação, com o objetivo de aumentar o anabolismo celular através de uma maior captação de glicose sanguínea, atletas inescrupulosos e sem preocupação com a saúde fazem uso de insulina sintética injetável após a ingestão de alimentos ricos em carbohidratos para absorção de nutrientes em níveis acima do normal. Estratégia que não apresenta evidências científicas que comprovem o aumento do anabolismo celular em indivíduos saudáveis.



O uso da insulina sintética, além de aparentemente ser ineficaz, pode ainda causar uma séria hipoglicemia, podendo levar ao coma, desenvolvimento de diabetes em longo prazo, bem como alterar a produção hormonal e o funcionamento do pâncreas.



Além de tudo a insulina é inibidora da absorção de gorduras como fonte energética durante o exercício físico, o que pode implicar no aumento da gordura corporal.



Alternativas naturais, como suplementos que possuam entre outros nutrientes, um balanço de hidrocarbonatos e proteínas de alta qualidade, aperfeiçoam a secreção natural de insulina, aumentando o anabolismo muscular sem os efeitos colaterais da sintética.



            Além de ferir as normas de controle de dopagem e a ética médico-esportiva, a insulina sintética é completamente desaconselhada, não propiciando nenhum benefício funcional e sendo nociva a saúde.




A MEDICINA do EXERCÍCIO ACONSELHA: Um bom programa de treinamento esportivo nunca é associado à falta de bioética esportiva.




 Dr. Bruno Noronha (Medicina do Esporte e Fisiologia do Exercício) 

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