sexta-feira, 18 de abril de 2014

HORA DO CHÁ - TEA TIME








            Japoneses, ingleses, indianos e chineses que não passam um dia sequer sem tomar ao menos uma xícara de chá fazem desta bebida milenar, a segunda em consumo na face da Terra, atrás apenas da água.



            No Brasil, o país do cafezinho, cada pessoa consome apenas cinco xícaras por ano, menos do que um inglês em uma semana. Talvez porque culturalmente se associe o chá a um amargo remédio caseiro.



            O que poucos sabem é que preparados a base de jasmim, rosas ou ervas aromáticas ele tem sabor delicado e bastante agradável. Funciona para regular a temperatura corporal, relaxa, libera toxinas, e favorece a digestão.



            Pode ser tomado quente ou gelado auxiliando também na hidratação corporal, bem como ser aplicado na pele de forma regenerativa, esfoliativa, adstringente e cosmético. Enxaguar os cabelos com chá de camomila clareia os fios, com o de sálvia, escurece e dá brilho. Lavar o rosto com o de salsinha e menta ajuda a fechar os poros da pele. Misturados a água do banho, o de alecrim ou erva doce apresenta efeito relaxante.



            Apesar de naturais há de se ter cuidados com as ervas usadas nos chás, pois não são inócuas, um mesmo tipo pode ter ação terapêutica quanto tóxica, tudo relacionado a dose, freqüência de uso.



            Os industrializados encontrados em caixinhas nas prateleiras de supermercados são confiáveis, mas sempre que tiver a oportunidade use a erva ou planta fresca, pois fica bem mais saboroso e eficiente.



            Aprenda a consumir os chás sem açúcar ou adoçante, pois assim poderá desfrutar do verdadeiro sabor aromático e exótico de cada substância.



            Pacientes em tratamento médico devem sempre consultar sua equipe para não cometer equívocos de usar chás que não irão contribuir com as medicações usadas.
Hipertensos tenham cuidados com chá preto e mate, pela presença de cafeína. Alguns chás são diuréticos (aumentam a quantidade de urina) e podem alterar significativamente o funcionamento orgânico saudável e de qualidade. Existem chás que desempenham funções excitatórias e inibitórias em diferentes indivíduos, para tanto deve se manter sempre o bom senso para o consumo.



Em países com altitude muito determinante, onde a rarefação do ar provoca efeitos nocivos e indesejáveis na fisiologia corporal, os povos fazem uso já comumente de chá de coca ou outra planta, de efeitos até certo ponto alucinógenos, para atenuar este mal estar provocado pela redução de oxigênio disponível no ar.



Algumas culturas religiosas também fazem uso de ervas, na forma de chás, no propósito de alcançar um estado de espírito mais próximo de seus deuses e desencadear um processo de meditação associando cantos, danças e rezas.



De acordo com a sabedoria popular, o chá feito com ervas medicinais pode curar de dor de cabeça até úlcera. Pode ser usado no tratamento da obesidade ou ainda desintoxicar e dar mais energia. Em seguida teremos algumas dicas para você praparar seu chá:



            Calmante: melissa, capim-cidreira, alfazema, passiflora (flor de maracujá), sálvia ou camomila.

            Diurético: carqueja, chapéu-de-couro, artemísia, quebra-pedra ou cavalinha, bem como uma bebida indígena onde se ferve a casca do abacaxi.

            Digestivo: boldo, carqueja, hortelã, camomila ou erva doce.

            Gripe e resfriado: sabugueiro, gengibre, menta, sálvia, poejo, hortelã guaco ou agrião.

            Desintoxicante: carqueja, caoba, chapéu-de-couro, cavalinha, quebra-pedra, boldo, camomila, hortelã e erva doce.

            Energético: sálvia, catuaba, alecrim, canela, manjericão ou ginseng.



Existem várias formas de deixar seu chá com sabor mais incrementado, podendo misturar dois tipos de ervas, além de acrescentar frutas e condimentos culinários, dando asas a imaginação e realizando verdadeira alquimia aromática.




A MEDICINA do EXERCÍCIO ADVERTE: Chás e infusões são aliados para o tratamento médico, sendo bom para (quase) tudo.



 Dr. Bruno Noronha (Medicina do Esporte e Fisiologia do Exercício)



           



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