Comprovadamente
a grávida que se exercita tem menores chances de engordar, ficar com celulites
e estrias, apresentar varizes e hemorroidas, dores lombares, hipertensão e
diabetes gestacionais, além de melhorar no parto e pós-parto, sob os pontos de
vistas clínico, funcional e psíquico.
Antes de
iniciar seu programa de atividade física consulte seu médico que irá
disponibilizar avaliações e critérios adequados para a prática salutar, com
benefícios materno-fetais.
Mantenha a
freqüência cardíaca estabelecida, regularidade e duração das atividades
desenvolvidas, sempre acompanhadas de preparador físico e com alimentação
balanceada e adequada ao período gestacional.
A posição
do corpo, a respiração adequada, as roupas a serem utilizados, os tênis, que
devem ser adequados ao peso e arcabouço físico diferenciado da gestante, enfim
todos os detalhes bioquímicos, fisiológicos e biomecânicos devem ser orientados
e fiscalizados durante a atividade física em grupos de gestantes.
Cuidados
com os exageros, que acontecem via de regra com as atletas e ex-atletas ou,
aquelas praticantes ávidas por resultados estéticos e/ ou que iniciou
recentemente no calendário de corridas de rua, desejando fervorosamente
medalhas e redução de tempo nas provas competidas. Fatores psicológicos são
importantes de serem avaliados e bem conduzidos com estas praticantes em
especial.
Hidratação
se torna mais importante nessas praticantes, levando a ingestão de água antes,
durante e após as sessões de exercícios supervisionados, evitando sempre
exercitar-se em ambientes muito quentes e abafados, com pouca ventilação,
sempre evitando grandes ingestões alimentares antes do treino e observando
sempre suas limitações e sinais que o corpo sempre vai emitindo.
Em atletas
que desejem à gestação, as orientações vão desde o planejamento em conjunto com
o médico da equipe e o preparador físico para que haja redução na carga de
treinamento, dessa forma as células ganham mais gorduras e poderão sintetizar
mais hormônios femininos que garantirão a gravidez. Exercícios de impacto
elevado são mais evitados para ajudar na fixação do embrião, em um útero
extremamente hígido.
Interromper
toda e qualquer suplementação com finalidade esportiva, afinal agora os
interesses serão outros; cuidar da saúde e do desenvolvimento do feto e manutenção
da saúde materna, até para que o retorno às atividades competitivas ao final do
ciclo gestacional ocorra de forma mais natural possível.
Uma nova
zona alvo cardíaca será estabelecida dentro dos critérios de elegibilidade da
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, com cuidados para
não ultrapassar e nem ficar aquém das reais possibilidades de treino da
paciente.
Depois do
parto o corpo leva em torno de 02 anos para voltar ao seu antigo
condicionamento, portanto a ansiedade de metas e recordes, tem de ficar a cargo
do bom senso, para não interferir na saúde e na biologia celular dessa
mamãe-atletas intensamente dispostas a qualquer sacrifício em busca de sua
forma antiga e de resultados competitivos satisfatórios.
A MEDICINA do EXERCÍCIO ACONSELHA: Gestação não é
doença, portanto sedentarismo não combina nesta fase da vida feminina.
Dr. Bruno Noronha (Medicina
do Esporte e Fisiologia do Exercício)
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