terça-feira, 1 de abril de 2014

GESTAÇÃO ATIVA





            Comprovadamente a grávida que se exercita tem menores chances de engordar, ficar com celulites e estrias, apresentar varizes e hemorroidas, dores lombares, hipertensão e diabetes gestacionais, além de melhorar no parto e pós-parto, sob os pontos de vistas clínico, funcional e psíquico.



            Antes de iniciar seu programa de atividade física consulte seu médico que irá disponibilizar avaliações e critérios adequados para a prática salutar, com benefícios materno-fetais.



            Mantenha a freqüência cardíaca estabelecida, regularidade e duração das atividades desenvolvidas, sempre acompanhadas de preparador físico e com alimentação balanceada e adequada ao período gestacional.



            A posição do corpo, a respiração adequada, as roupas a serem utilizados, os tênis, que devem ser adequados ao peso e arcabouço físico diferenciado da gestante, enfim todos os detalhes bioquímicos, fisiológicos e biomecânicos devem ser orientados e fiscalizados durante a atividade física em grupos de gestantes.



            Cuidados com os exageros, que acontecem via de regra com as atletas e ex-atletas ou, aquelas praticantes ávidas por resultados estéticos e/ ou que iniciou recentemente no calendário de corridas de rua, desejando fervorosamente medalhas e redução de tempo nas provas competidas. Fatores psicológicos são importantes de serem avaliados e bem conduzidos com estas praticantes em especial.



            Hidratação se torna mais importante nessas praticantes, levando a ingestão de água antes, durante e após as sessões de exercícios supervisionados, evitando sempre exercitar-se em ambientes muito quentes e abafados, com pouca ventilação, sempre evitando grandes ingestões alimentares antes do treino e observando sempre suas limitações e sinais que o corpo sempre vai emitindo.



            Em atletas que desejem à gestação, as orientações vão desde o planejamento em conjunto com o médico da equipe e o preparador físico para que haja redução na carga de treinamento, dessa forma as células ganham mais gorduras e poderão sintetizar mais hormônios femininos que garantirão a gravidez. Exercícios de impacto elevado são mais evitados para ajudar na fixação do embrião, em um útero extremamente hígido.



            Interromper toda e qualquer suplementação com finalidade esportiva, afinal agora os interesses serão outros; cuidar da saúde e do desenvolvimento do feto e manutenção da saúde materna, até para que o retorno às atividades competitivas ao final do ciclo gestacional ocorra de forma mais natural possível.



            Uma nova zona alvo cardíaca será estabelecida dentro dos critérios de elegibilidade da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, com cuidados para não ultrapassar e nem ficar aquém das reais possibilidades de treino da paciente.



            Depois do parto o corpo leva em torno de 02 anos para voltar ao seu antigo condicionamento, portanto a ansiedade de metas e recordes, tem de ficar a cargo do bom senso, para não interferir na saúde e na biologia celular dessa mamãe-atletas intensamente dispostas a qualquer sacrifício em busca de sua forma antiga e de resultados competitivos satisfatórios.



A MEDICINA do EXERCÍCIO ACONSELHA: Gestação não é doença, portanto sedentarismo não combina nesta fase da vida feminina.



 Dr. Bruno Noronha (Medicina do Esporte e Fisiologia do Exercício)



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