Oligoelemento (substância que
compreende menos que 0,01% do peso corporal total) de grande valia orgânica
contribuindo em vários sistemas enzimáticos, como componente de metaloenzimas
(anidrase carbônica, fosfatase alcalina, desidrogenase láctica e
carboxipeptidases), ou como co-fator para ativação do processo enzimático,
interferindo diretamente no crescimento e desenvolvimento celulares, imunidade
(defesa), participação no metabolismo de ácidos e síntese de proteínas, além da
manutenção da integridade bioquímica-celular.
Estudos
comprovam que mesmo uma discreta deficiência de zinco ocasiona alterações na
imunocompetência, modificando a atividade das células T auxiliadoras, atividade
da timulina, diminuindo célula T e natural
killers.
Importante
também no sistema reprodutor, participando da espermatogênese e embriogênese;
atua no sistema nervoso na afinidade de receptores e processos de síntese de
proteínas importantes na formação de neurotransmissores, influenciando até em
casos de alteração de paladar.
Algumas
situações podem acentuar a deficiência de zinco no organismo: idade, idade da
gestação, uso de anticoncepcionais orais, uso de corticosteróides e ACTH.
Também pode ser afetada pelo alto consumo de alimentos ricos em fitatos
(cereais), cálcio (leite e derivados) ou simplesmente por sua ingestão
dietética insuficiente.
Ingestão de
alimentos como carnes (fígado), frutos do mar e aves; produtos fortificados e
suplementação devem ser indicados em casos de déficit de crescimento, zincemia
baixa e diarréia persistente.
O primeiro
registro médico de deficiência de zinco, datam de 1961 em países do Oriente
Médio e especificamente no Egito, mostrando-se associado a retardo no
crescimento e falência na maturação sexual de adolescentes do sexo masculino.
Mais tarde, encontrou-se em outros países a associação desta deficiência em
complicações de doenças crônicas ou da má absorção.
Pelo fato da deficiência de zinco ser
mais freqüente do que se imaginava e difícil de se determinar, é importante que
sejam desenvolvidas ações preventivas a fim de evitar as conseqüências causadas
por suas baixas concentrações. Além disso, se faz necessário que seja
identificado e padronizado a melhor forma de diagnóstico, tanto em nível individual
como populacional.
A MEDICINA do EXERCÍCIO AVISA: Quem quer que
seja o pai da doença, a mãe com certeza foi uma dieta deficiente.
Dr. Bruno Noronha (Medicina
do Esporte e Fisiologia do Exercício)